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Sunday, December 19, 2010

Boletim de Avaliação - Southeast Division - Magic

No Boletim de Avaliação tenho feito uma análise de todas as movimentações de todas as equipas nesta offseason e como se equiparam para a temporada de 2010-11. A última que fiz foram os Indiana Pacers (a 24ª das 30) e, seguindo a ordem alfabética por divisões, seguiam-se os Milwaukee Bucks. Mas os acontecimentos deste fim de semana obrigam a saltar a ordem e fazer uma edição especial do Boletim de Avaliação. Como ainda não cheguei aos Orlando Magic e já mexeram na equipa que começou a época, vamos fazer uma avaliação a essa equipa com uma adenda às novas aquisições.


Orlando Magic

A outra equipa da Florida começou esta temporada com grandes expectativas. Depois de, em 2009, terem avançado até às Finais e, em 2010, até à final da conferência, os Magic apontavam para o título do Este, uma presença na Final e a luta pelo título. São uma das equipas mais bem sucedidas nas últimas épocas e um dos candidatos ao título. Para esta época mantiveram praticamente o mesmo grupo do ano anterior, apostando na continuidade. Claro que tudo isto mudou este fim de semana, com a remodelação que fizeram.

Entradas / Saídas
Na offseason: saíram Matt Barnes e Adonal Foyle (retirou-se) e entraram Chris Duhon, Quentin Richardson e Daniel Orton (escolha no draft).
Este fim de semana: saíram Rashard Lewis, Vince Carter, Marcin Gortat e Mickael Pietrus e entraram Hedo Turkoglu, Jason Richardson, Gilbert Arenas e Earl Clark.

Frontcourt
Dwight Howard é a âncora da equipa e um dos poucos (o único?) jogadores na NBA capaz de, sozinho, desiquilibrar e influenciar o decorrer dum jogo em ambos os lados do campo. Ressaltador, bloqueador de lançamentos e defensor poderosíssimo, continua a melhorar nos movimentos ofensivos. Não fosse a fraca percentagem nos lances livres e seria imparável.
Os Magic têm jogado este ano com um cinco inicial mais clássico, com um power forward interior e Brandon Bass é o detentor do lugar. Com a saída de Lewis (que jogava muitas vezes como falso 4, um 4 exterior), a aposta é ainda mais nele.
Quentin Richardson, Hedo Turkoglu e Gilbert Arenas (num cinco com 3 bases) são os candidatos a uma posição com muitas opções, dependendo de como os Magic queiram jogar.

Backcourt
Jameer Nelson continua com as rédeas da equipa, mas terá agora mais ajuda nessa tarefa. Em alguns períodos do jogo, tanto Arenas como Turkoglu poderão jogar também como organizadores e distribuidores. O mais novo Richardson da equipa, Jason, será o shooting guard titular e um upgrade em relação a Vince Carter. Carter tem sido irregular desde que chegou aos Magic (e desde sempre?) e jogou bastante mal quando mais importava: nos playoffs da época passada. Richardson era o melhor marcador em Phoenix, um excelente atleta e um temível lançador exterior.

Banco
Eram já uma das equipas mais profundas da liga e ficaram com um backcourt e jogo exterior ainda mais profundos. Arenas poderá sair do banco (como fazia pelos Wizards) e providenciar ataque e pontos à segunda unidade. Uma segunda unidade forte, com Duhon, Turkoglu ou Quentin Richardson e JJ Redick. Onde perderam profundidade foi no frontcourt. Com a saída de Gortat, Howard fica sem um suplente de qualidade para lhe dar minutos de descanso e Daniel Orton terá de desenvolver-se enquanto joga.

Treinador
Stan Van Gundy tem feito um bom trabalho com esta equipa e tem agora um novo desafio: integrar rapidamente os novos elementos e tentar ganhar com esta equipa recém formada. Há já muito trabalho de trás, Turkoglu volta a um sistema que já conhece e Jason Richadson e Arenas são jogadores veteranos que demorarão menos tempo a adaptar-se. Mas a fasquia continua alta: atingir as Finais e lutar pelo título.

Resumo
Na offseason optaram pela continuidade, mas depois dum começo menos bom (estão com o mediano recorde de 16-10), o general manager Otis Smith achou que era altura de mudanças. Com esta remodelação ganham mais opções e versatilidade. Todos os novos jogadores são grandes atiradores que encaixam na perfeição no sistema da equipa. Howard continua a ser a âncora no interior que abre espaço para os jogadores exteriores e este ano tem a ajuda dum Brandon Bass que está a fazer uma boa época. É preciso tempo para ver se a remodelação vai funcionar, mas no papel, parecem estar melhores.

Nota da offseason: 12
Nota das trocas: 14