Em Janeiro publiquei neste blogue um artigo transcrito do Jornal A Bola. Porque o tema tem cada dia mais aplicação , volto a publicar o mesmo.
Os sinais das grandes dificuldades dos Clubes são cada dia maiores. No que diz respeito ao CJAR a opção está tomada : Desporto Escolar. Gastar por gastar antes queremos despesa com os transportes com os mais jovens do que com arbitragens. ..
Mais uma vez recorro ao Jornal "A Bola" e à sua rubrica de Opinião para contribuir para uma reflexão que infelizmente não se aplica só à ginástica.Escreveu, e bem, a Professora Jenny Candeias :
"Com o País atolado em dificuldades, pergunto-me se têm justificação muitas das despesas do desporto amador, particularmente naquela área onde cada vez e mais difícil separar a dimensão ludica original das exigencias próprias de profissionais. Ou seja, o desporto de rendimento praticado por amadores, como é o caso, entre outros, das ginásticas de competição . Poupar é fundamental, porque o que há não dá para tudo. Umas dezenas de euros aqui outras além, muito se gasta com voluntários que cobram por tarefas que, na carolice inicial do desporto amador, não eram remuneradas: dirigentes e juizes, por exemplo. Os primeiros acumulam vencimentos profissionais com os valores que atrlbuem a um trabalho para o qual se oferecem . Ninguem ignora algumas situações excessivas e espero que,legalmente, venham a ser corrigidas. Mas existem outros cargos que levam muitos euros. Por exemplo, árbitros ou Juizes. Não sou contra compensações justas, só que não e invulgar assistir a competições de ginastica onde numerosos juízes são convocados para torneios que nem pelo número de praticantes nem pelo nível justificam a despesa. Enquanto isso, o dinheiro não chega para melhorar as condições de treino dos ginastas. Porque nao, em tempo de vacas magras, pedir aos juízes que sejam - como já foram - puramente amadores? Se os c1ubes, ou as famílias , custeiam a deslocação e a alimentação dos seus atletas, porque não integrar juízes em cada um dos grupos que se deslocam aos locals da competição e num numero mínimo? Afinal, todos sabemos que cada juiz de ginástica tem raízes nos c1ubes, 0 que não significa falta de isenção , e para alem disso existem até treinadores e treinadoras que pontuam atletas seus e, depois, recebem como juízes.A isenção, ou falta dela, é um problema de carácter e não de companhia em viagem. Sugiro que se esteja atento ás despesas feitas com o pagamento de ajudas de custo para deslocações e alimentação de jufzes nas competições distritais e nacionais e com o numero de pessoas que acompanham equipas nacionais a provas Internacionais Estamos em tempo de apertar o cinto e de ver quem se dedica mesmo ao voluntariado desportivo".