Os Lakers recuperaram o controlo da série com os Hornets. E se Kobe continua a ser a ameaça de sempre e Gasol recuperou de dois jogos fraquinhos e voltou ao seu nível e Odom continua a contribuir em grande como sexto homem, uma diferença ressalta (sem qualquer trocadilho!) em relação aos anos anteriores: Andrew Bynum.
O jovem poste sempre foi apontado (não só por jornalistas e comentadores, mas também pelo próprio Phil Jackson e por companheiros de equipa) como uma peça-chave para os Lakers serem uma equipa dominadora. Mas nos playoffs das três épocas anteriores esteve sempre ausente ou limitado por lesões. Apesar disso não ter impedido a equipa de Los Angeles de atingir as Finais nesses três anos (e ganhá-las nos últimos dois), ficou sempre a ideia que com Bynum saudável (ou presente), teriam, de longe, o melhor frontcourt da liga e seriam uma equipa impossível de bater (uma ideia só reforçada pelos períodos em que ele jogava e os Lakers se mostravam a equipa e a defesa dominadora que podiam ser).
Em 2008, com a lesão naquele joelho problemático, não jogou nos playoffs (e, coincidentemente, os Lakers perderam a final). Em 2009, limitado e a jogar apenas 17.4 mins/jogo, teve médias de 6.3 pts, 3.7 res e 0.9 dl. Em 2010, de novo com limitações e a adiar uma cirurgia ao joelho até ao fim da época, jogou 24.4 mins/jogo e teve médias de 8.6 pts, 6.9 res e 1.5 dl. Este ano, o joelho ainda pregou um susto no fim da temporada regular, mas apresenta-se nos playoffs mais saudável que nunca. E a amostra de jogos ainda é pequena, mas está a jogar 30.7 mins/jogo, com médias de 14.7 pts, 10.3 res e 1.3 dl.
Bynum está a fazer os melhores playoffs de sempre e se ele continuar a jogar assim (e todos os outros continuarem no seu normal), os Hornets não ganham mais nenhum jogo. E quem vier a seguir vai ter uma tarefa muito difícil (impossível?). Se os Lakers já eram a equipa a bater no Oeste, com Bynum a fazer duplos-duplos e a proteger o cesto dos Lakers, só reforçam essa posição.
Nestes playoffs Bynum está a dizer "presente!". Algo que as restantes equipas devem levar muito a sério. E temer.