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Monday, May 28, 2007

Planos de jogo



O FC Porto parte em vantagem na final do playoff, depois de ter empatado a eliminatória em Ovar.
Joga agora em casa, mas a história da prova mostra o que essa vantagem é meramente teórica, o que deixa os amantes da modalidade com grande expectativa e entusiasmo.



Um plano de defesa bem elaborado e melhor treinado, permitiu à Ovarense ganhar claramente o jogo 1 da final (83-46):

- Agressividade sobre o base portador da bola;
- Várias soluções para um mesmo problema o “Pick and roll” (“traps”, desviar para a linha, trocas);
- Trocas múltiplas vs. “Horns”, mantendo o base a marcar o poste que abre no perímetro;
- Utilização da defesa Press para atrasar os tempos de ataque contrários;
- Marcação de muitos pontos a partir da defesa.

Os números não mentem. A defesa vareira só permitiu 46 pontos. Nenhum adversário chegou aos 10 pontos com 12% nos triplos e 39 % nos duplos.

Cordell Henry (17 pontos e 4 assistências) e Gregory Stempin (13 pontos e 11 ressaltos) estiveram em particular destaque no ataque, dinamizando público e colegas.



Já o F.C.Porto nunca se encontrou:

- Falhou cestos fáceis, umas vezes por inépcia no acto de lançar, outras porque a agressividade da defesa local alterou trajectórias e obrigou a lançar em áreas menos favoráveis. Quem está só, a este nível de jogo (“pop out”), tem necessariamente de marcar.
- Larry Jon Smith (nenhum triplo marcado e 20% no total) teve grandes dificuldades na leitura da defesa, tomando muitas vezes decisões erradas. Isto é, lançava quando devia penetrar e penetrava quando devia lançar;
- As soluções encontradas pelos bases (Julian Blanks e TJ Sorrentine), no “ pick and roll”, não foram as mais adequadas. Muitas vezes, quem desfaz para o cesto não é a melhor opção, mas sim os atiradores dos cantos (Nuno Marçal e Paulo Cunha).



Contudo, no jogo 2, o FC Porto aprendeu com a lição anterior e tomou a iniciativa do jogo (79-87):

- Jogou no contra ataque com os “trailers” (John Whorton e Larry Jon Smith) a contribuírem com pontos;
- Defendeu também com agressividade;
- Jogou sem medo e com ambição. Não ficou à espera que as coisas acontecessem.
- As múltipla substituições permitiram encontrar um “cinco” mais adequado ao adversário;
- Julian Blanks (28 pontos e 4 assistências) ajustou e comandou melhor o ataque, melhorando a leitura do jogo da equipa nos bloqueios directos.